Por vezes a atuação do setor público é bem vista pela sociedade, que parte do pressuposto de que seus representantes são seres benevolentes agindo exclusivamente pelo bem-estar da nação. Este ensaio procura elucidar a falácia que permeia tal visão, em grande medida abstraindo de um ponto fundamental: pessoas ligadas ao setor público, como todas as demais da sociedade, agem com base em incentivos próprios. Dessa forma, qualquer tentativa de repensar o setor público deve envolver uma análise dos incentivos individuais para, finalmente, repensar seu poder de atuação.